Olá leitores!
Me chamo Ludmila, tenho 26 anos, moro em Vitória-ES, sou publicitária e desde Janeiro de 2010 assumi meu novo "cargo": o de concurseira.
Minha história até aqui pode ser parecida com a de muitos que decidem tomar esse rumo, mas acho q vale a pena contar brevemente para que outras pessoas que estejam pensando em fazer o mesmo tomem como experiência.
Posso dizer que tomei minha decisão baseada em dois importantes fatores: o MERCADO DE TRABALHO e a FAMÍLIA.
O mercado publicitário capixaba "não é assim uma Brastemp", é um mercado que tem suas particularidades. Sem entrar muito no mérito da questão, o que posso dizer é que infelizmente é um mercado que não paga bem o empregado. Quando digo pagar bem, estou falando de um salário que dê condições de pagar moradia, alimentação, transporte, lazer e capacitação/aperfeiçoamento, uma vez que somos constantemente cobrados para estarmos atualizados. Este salário depende de cada cidade, como se sabe, mas aqui não o querem pagar.
Quanto ao outro fator importante, a FAMÍLIA, posso dizer que este foi decisório. Já andava descontente com o emprego que tinha, mas não tinha coragem de largar tudo para entrar de cabeça nos estudos para concursos (ideia que já rondava minha cabeça). Conheço meu ritmo e sei que fazer as duas não traria resultados satisfatórios, eu teria que estar 100% em um ou em outro.
Meus pais se separaram quando eu tinha 18 anos e meu pai ainda paga pensão, que utilizamos unicamente para pagamento de contas. Minha mãe também trabalha, só que o mercado dela, assim como o meu, não valoriza o profissional. Portanto, contamos com a pensão do meu pai todo mês.
No final de 2009, posso dizer que levei um arrocha do meu pai. Ele jogou as cartas na mesa e mostrou quanto gastava comigo. Foi uma situação constrangedora, pois sabia que ele estava certo, mas aquele valor exposto como o ideal para eu receber (e não depender mais dele) ninguém quer pagar, apesar de ser graduada, ter duas especializações e experiência de estudo e trabalho no Brasil e no exterior. Sempre há alguém que aceita receber menos, então não cobrem a oferta.
Me vendo em um mercado pouco promissor, com cobranças familiares nas costas e muitos sonhos a serem realizados, decidi sair do emprego e ter dedicação exclusiva aos concursos. Essa iniciativa foi muito bem vista por meu pai que passou a dar suporte necessário (tanto financeiro quanto emocional - sinto que nos aproximamos mais) para a conquista da minha vaga.
Assim, desde o início deste ano estou na luta! Até o momento já fiz 4 concursos:
- FUNAI (médio e superior);
- EMBRAPA;
- Banco do Nordeste;
- Ministério dos Transportes.
Anos atrás cheguei a fazer, sem dedicação exclusiva, os concursos do MPU, Petrobras e Prefeitura Municipal de Vitória (PMV). Estes dois últimos cheguei a ser aprovada, mas em colocação astronômica no da Petrobras (que se não houvesse vencimento eu seria chamada qd fosse tataravó) e em colocação alta no da PMV para apenas 4 vagas (que não teve ainda aprovados convocados, ainda tem isso).
Com isso, já observei situações inusitadas que merecem ser comentadas. Uma coisa é fato: vida de concurseiro não é fácil, mas tem lá sua graça.
Acompanhe os próximos posts!
Se você ainda não é concurseiro, pode tirar dúvidas e conhecer um pouco mais desse universo que a cada dia atrae mais pessoas (consequentemente, mais concorrentes, hunf...).
Se você já é concurseiro, bem-vindo ao time! Venha rir de situações das quais você certamente já presenciou, mas com o enfoque mais descontraído (afinal andamos tensos demais!) ou então para chegar à certeza de que "não, isso não acontece apenas comigo...".